A Renault prepara-se para reinventar as silhuetas dos seus próximos elétricos, fugindo às carroçarias convencionais dos SUV. O objetivo? A melhoria da eficiência, logo uma maior autonomia dos elétricos.
“As pessoas ainda querem [SUVs], e às vezes até precisam deles. Os SUV substituíram, em parte, os monovolumes e algumas pessoas ainda os compram por razões práticas. Perguntamo-nos o que deveríamos fazer para os tornar […] mais eficientes. A resposta? Novos formatos”, adiantou Gilles Vidal, responsável de design da marca francesa.
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“Muitas pessoas na Europa dizem que é uma pena que as carrinhas estejam a desaparecer, mas no caso dos veículos elétricos, ter um produto baixo, aerodinâmico e prático é uma ideia muito boa. É exatamente isso que deveríamos fazer enquanto marca de veículos elétricos, para [melhorar] a autonomia, etc”, apontou o responsável francês.
A nova gama de automóveis elétricos compactos, atualmente composta pelo Mégane e pelo Scénic, tem lançamento previsto para 2028 e, entre outras coisas, contará com uma arquitetura de 800 volts, permitindo assim atingir tempos de carregamento (10-80%) inferiores a 15 minutos.
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Outra novidade será o aparecimento de motores elétricos de rotor bobinado desenvolvidos com Valeo capazes de oferecer melhores performances e, sobretudo, maiores níveis de eficiência (objetivo de um consumo de 12,5 kWh/100 km).
Já os modelos pequenos (Twingo, R5 e R4) seguirão um caminho separado. Por se tratarem de três propostas retrofuturistas, o objetivo da empresa é seguir uma estratégia semelhante à da Fiat com o 500: evoluí-los frequentemente, mas mantendo inalterado o seu design básico.