Sempre que um construtor pretende comercializar um novo modelo na China, tem de solicitar a sua homologação, enviando para o Ministério da Indústria e Tecnologia de Informação (MIIT) fotos e detalhes do modelo. Ora isso leva a que, de vez em quando, surjam na Internet as imagens e informações sobre o modelo, como aconteceu agora com a versão de produção do primeiro elétrico da Xiaomi, o SU7.
Esta berlina, de 4,99 metros de comprimento, 1,96 metros de largura e 1,45 metros de altura, apresenta uma linha aerodinâmica e um tanto conservadora, mas igualmente atraente, onde se destaca o curioso detalhe da montagem do logotipo “Mi” na dianteira, como o resto dos dispositivos eletrónicos da marca chinesa.

De referir que ao contrário de outras marcas chinesas, este modelo não possui protuberância no tejadilho para os sistemas de assistência à condução, estando desta forma o equipamento totalmente integrado tanto nas câmaras localizadas na zona dos retrovisores, como também como na frente, espelhos e um localizado na parte superior do vidro traseiro, que é complementado por outro que, como na frente, está localizado em posição inferior no porta-matrícula.
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A traseira, por outro lado, tem um desenho mais “trabalhado” e ousado, com uma luz LED que percorre toda a traseira, e onde pode adivinhar-se uma tampa da bagageira que à primeira vista parece mais pequena do que o desejável.

O elétrico da Xiaomi deverá ter até três variantes, “SU7” ou “SU7 Pro” ou “SU7 Max” que se diferenciarão não só por ligeiras alterações estéticas, mas também pelo número de motores, baterias, ou elementos como um spoiler traseiro ativo e travões de elevado desempenho.
A versão de entrada terá um motor traseiro de 220 kW (295cv) que o impulsionará até uma velocidade máxima de 210 km/h. A versão SU7 Max utiliza uma bateria ternária de lítio que será fabricada pela CATL, que alimentará um sistema de dois motores e tração integral, com potência de 495 kW (664cv) para uma velocidade máxima limitada de 265 km/h.
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Para já não há informação sobre a capacidade ou autonomia da bateria, mas as fugas de informação do modelo em desenvolvimento apontam para um pacote de 101 kWh, o que lhe permitiria alcançar uma autonomia próxima dos 800 km.

Um modelo que terá como base uma arquitetura de 800V, o que significará uma redução de peso, e também a possibilidade de acesso a carregamento ultrarrápido, além de contar com extensos equipamentos tecnológicos, incluindo sistemas de condução autónoma.
A produção já arrancou na fábrica da Xiaomi em Pequim, e espera-se que as primeiras entregas aconteçam no início de 2024. Os preços rondam os 200.000 yuan (25.900 euros) na versão de acesso, competindo assim com o Tesla Model 3 ou com o BYD Seal, entre outros.