A desaceleração das vendas de veículos elétricos, que continuam a aumentar, mas longe das previsões, começa a obrigar os construtores a reavaliar decisões de abandonar os motores de combustão. É o caso Ford, que decidiu voltar atrás da ideia de comercializar apenas carros elétricos na Europa em 2030, admitindo mesmo continuar a comercializar veículos de combustão enquanto houver procura.
Em declarações ao Automotive News Europe, o gerente geral da Ford Europa, Martin Sander, afirmou que que o motor a combustão poderia sobreviver até a década de 2030: “Se observarmos uma forte procura, por exemplo, por veículos híbridos plug-in, nós vamos continuar a dispor”, referiu.
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A decisão de comercializar apenas carros elétricos tem causado várias “baixas” na gama. Começou com o fim da produção do Mondeo, a 4 de abril de 2022, seguindo-se o EcoSport, em dezembro de 2022, passando pelo Fiesta a 7 de julho de 2023, assim como a gama S-Max/Galaxy, que deixou de ser produzida em abril de 2023.
No próximo ano, será a vez do Focus sair de cena. Martin Sander disse à Autocar que a decisão de descontinuar o Focus em 2025 é definitiva.
As vagas serão preenchidas com o lançamento de uma versão totalmente elétrica do Puma, o SUV Explorer e um SUV de estilo mais desportivo que poderá vir a chamar-se Capri.
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Já outros construtores têm vindo a fazer as coisas de forma diferente, mantendo os modelos tradicionais e compactos em produção até que a procura desapareça. É o caso da Volkswagen que ainda tem muitos carros com motor a combustão pequenos e compactos como o Polo, Tiguan ou Golf.
Da mesma forma, a Stellantis oferece uma infinidade de modelos com motores a combustão, desde o 208 e Corsa até o 508, com muitos crossover’s e SUV’s pelo meio.