O Alfa Romeo Junior foi o último modelo apresentado pela marca italiana e marcou uma viragem. O novo e primeiro SUV da Alfa Romeo para o segmento B, para além da polémica que suscitou com o primeiro nome (Milano), rompeu com uma tradição de décadas.
Em causa a posição da placa da matricula na dianteira (também reparou?). Desde o Giulietta Spider de 1955, a tradição do fabricante italiano é colocar a placa numa das aletas laterais, para que fosse dado destaque absoluto à grelha triangular ‘Scudetto’ típica da Alfa.
No entanto, o Junior quebrou esta tradição, e há uma razão por trás disso e porque os futuros carros da marca, como a próxima geração do Giulia e do Stelvio (e os seguintes), também terão a matrícula dianteira numa posição central.
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A razão está diretamente relacionada com a segurança, conforme explicado pelo responsável pelo design da Alfa Romeo, o espanhol Alejandro Mesonero-Romanos, em declarações divulgadas à Autocar.
“Não podemos continuar a deixar de lado a matrícula devido às normas de homologação para a segurança dos peões”, disse, referindo-se ao novo Regulamento Geral de Segurança da União Europeia, que pretende proteger os peões em caso de colisão.
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A mudança, naturalmente, vai implicar mudanças no desenho da frente dos próximos Alfa: “Vai permitir-nos ter simetria de qualquer maneira, por isso estou feliz”, revela Mesoneros -Romanos, que defende a presença de muitos “belos Alfa Romeo” que tiveram a matrícula ao centro.
“Alguns entusiastas obstinados da Alfa Romeo que pensam que um Alfa Romeo não é um Alfa Romeo a menos que tenha a matrícula na lateral não ficarão felizes. Tenho um Alfetta e um Giulia de 1968 que têm placa central e são lindos”, defendeu.
Depois do Junior, seguem-se os próximos Giulia e Stelvio, que também terão esta disposição de matrícula, o que obrigará mais uma vez a reinterpretar a grelha triangular ‘Scudetto’ da Alfa. O lançamento do novo Stelvio está agendado para 2025 e o Giulia em 2026.