Os preços dos carros usados registaram uma subida significativa nos últimos dois anos. Entre os vendedores profissionais de carros usados, o preço médio aumentou 20% – de 17.500 para 20 mil euros – enquanto que, no caso dos vendedores particulares, registou uma subida de 19% – de cerca de 16 mil euros para 19 mil euros no mesmo período.
Os dados foram divulgados pelo Standvirtual, que analisou a evolução do preço dos usados desde o início da pandemia e a forma como a crise dos semicondutores e falta de veículos disponíveis afetaram o mercado.
Em janeiro de 2020, por exemplo, um Mercedes-Benz Classe A 180d (Diesel) com cerca de 50 mil km custava cerca de 24.000 euros; atualmente, esse mesmo modelo está acima dos 30.000 euros.
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O mesmo acontece com o Renault Clio, com um aumento de +19% do preço médio (de 13.500 euros para 16.000 euros). Por outro lado, tanto o Nissan Qashqai (que sobe de 21.400 euros para 23.800 euros) como o Renault Megane Sport Tourer (18.000 euros em comparação com 20.000 euros) registam aumentos de +11%. A curva de subida acentua-se sobretudo a partir de maio de 2021.
Os preços que mais aumentaram foram os dos citadinos, com uma subida média de 11.500 euros para 13.500 euros (mais 17%), logo seguidos pela classe dos SUV (16%), os quais aumentaram, em média, cerca de 3.900 euros nos últimos dois anos.
“Prevê-se que continue a existir escassez de produto e de veículos a entrar no mercado ainda durante os dois primeiros trimestres de 2022, com a recuperação a começar a partir do terceiro trimestre e a consolidar-se já no final do ano”, referiu Nuno Castel-Branco, diretor geral do Standvirtual.
“Podemos esperar que se mantenham os preços mais elevados nesta fase, mas contamos que estes voltem a baixar com a recuperação do mercado”, acrescenta o responsável.