O CEO da BMW, Oliver Zipse, está “absolutamente convencido” de que os enormes ecrãs instalados nas consolas vão desaparecer em breve. “Em 10 anos, isso acabou”, afirmou.
Zipse vê os ecrãs digitais como uma distração para os condutores, admitindo que podem vir a surgir leis que obriguem os construtores a mudar o desenho do interior dos automóveis para abandonar os ecrãs como solução.
As declarações do CEO da BMW surgem depois da apresentação do protótipo iVision Dee e do seu sistema head-up display que ocupa toda a extensão do para-brisas do veículo e que deverá ser aplicado na próxima geração de carros elétricos da marca bávara.
“Com nossa tecnologia, todos no carro podem ver as mesmas informações, até mesmo as pessoas atrás”, disse o chefe de design da BMW, Domagoj Dukec, ao Automotive News. Oliver Zipse, por sua vez, acrescentou ainda que este novo sistema head-up display é um “salto quântico em termos de design, tecnologia e sustentabilidade”, referindo-se também aos veículos elétricos baseados na “Neue Klasse”.
A opinião da BMW acerca dos enormes ecrãs que equipam os carros nos dias de hoje é até compreensível, sobretudo com a afirmação de que “se o condutor tiver que olhar para baixo para mexer no carro, isto é um grande erro”.
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Curiosamente, a BMW não é o único construtor a mostrar-se contra a tendência dos enormes ecrãs digitais, que retiram a atenção do condutor. Também a Alfa Romeo, DS e Mazda mostram-se a favor de soluções alternativas ao crescimento dos ecrãs no interior dos automóveis.