A Mercedes-Benz, como muitos outros fabricantes, quer subir o “degrau”. Ainda mais. E fará isso com o corte de modelos compactos. E os que sobram terão mais conteúdo tecnológico. Além disso, pretende desenvolver a gama de ultra-luxo, valorizando os acabamentos Maybach e criando um novo “rótulo” para séries especiais muito limitadas, a Mythos.
Em termos de gama, isso significa que o atual Classe A como o conhecemos e derivados (Classe A Limousine, Classe B e CLA) podem não ter substitutos. E caso haja derivações, deverão deixar de existir um A 180 ou um A 200 como modelo de acesso à gama.
A ideia da Mercedes é simples: prescindir de modelos de alto volume e baixa margem de lucro. A gama de acesso à marca poderá até ser um modelo equivalente à classe C, como já foi o Mercedes 190E e que a marca então considerava compacta (compacta em relação à restante gama, claro).
A partir de agora, a estratégia para ser rentável é aumentar a margem por veículo produzido. Vender menos, mas mais caro, é um desafio colossal para as marcas tradicionais, mas algumas podem contar com uma imagem de prestígio para justificá-lo. É o caso, em particular, da Mercedes, que anuncia agora uma reformulação na estratégia para os próximos anos. E é uma das poucas marcas que tem legitimidade para tal.
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Quanto ao melhoramento dos acabamentos do Maybach, o novo Mercedes SL será um dos primeiros modelos, além do Classe S e do enorme GLS 600, a receber uma versão Maybach.
Mas o mais interessante é a chegada dos modelos da série Mythos. E um dos primeiros a chegar, aparentemente, será um speedster.