Os condutores dos Mercedes-Benz EQS e Classe S vão poder encomendar a partir de 17 de maio o sistema DRIVE PILOT, o único que cumpre a homologação internacional SAE Nível 3 e UN-R157, embora só seja legal a sua utilização na Alemanha. O preço deste sistema, que funciona até uma velocidade de 60 km/h, começa nos 5.000 euros.
No caso do EQS, a esses 5.000 euros seriam necessários os 2.430 euros do pacote extra de assistência ao condutor Plus, com o qual este conforto vai sair caro: 7.430 euros. A este valor devem ser adicionados impostos, nomeadamente o IVA.
Além disso, há outro problema, é que o sistema só pode funcionar em 13.191 quilómetros de estradas mapeadas com precisão de centímetros. Algo que poderá ser um problema em Portugal.
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Enquanto o carro está no modo semiautónomo, o condutor não precisa de fazer nada, apenas assumir o controlo do volante quando solicitado. Enquanto estiver em funcionamento, o condutor pode ocupar-se com o sistema de infoentretenimento, ler, jogar, etc. O carro assume tudo, até manobras evasivas, se necessário. A Mercedes-Benz aguarda autorização para ativá-lo também na Califórnia e Nevada (Estados Unidos) ainda este ano.
Parte do “elevado” custo do sistema DRIVE PILOT pode ser explicado pela redundância múltipla com que o sistema foi proposto, para reduzir o risco de acidentes rodoviários a níveis mínimos.
A panóplia de sensores por si só é digna de nota: radar, LiDAR, câmaras, ultrasons e até deteção de humidade.
No caso do condutor não responder ao pedido para recuperar o controlo do volante, o carro conduz automaticamente até à berma e estaciona, um mal menor no caso do condutor adormecer ou não se sentir bem. O próximo passo será o Nível 4 SAE “no futuro”, sem que a Mercedes-Benz adiante mais detalhes.
Alguns fabricantes, como a Mercedes-Benz, já têm a tecnologia pronta e aguardam aprovação regulatória para permitir o seu uso. Obviamente, em Portugal o sistema DRIVE PILOT não pode ser utilizado, uma vez que várias regras e regulamentos de condução teriam de ser alterados.