Ainda não são propriamente “baratos”, mas os carros elétricos estão, paulatinamente, a tornar-se mais acessíveis, especialmente com o lançamento de modelos mais compactos e mais eficientes, sem esquecer a chegada dos modelos de marcas chinesas.
É certo que continuam um pouco fora do alcance da maioria dos portugueses, mas já é possível encontrar preços em linha com os homólogos modelos de combustão. E se antes era difícil encontrar elétricos abaixo dos 30 mil euros, hoje em dia já se encontram diversas propostas com preços de acesso abaixo desta fasquia de preço.
Dacia Spring – A partir de 16.905 euros
O Spring é atualmente o elétrico mais acessível do mercado (se excluímos o Citroen Ami por enquadrar-se na categoria dos quadriciclos), com a versão de entrada disponível por menos de 17 mil euros.
É, de resto, um veículo de cinco portas, com capacidade para quatro ocupantes e tem um estilo SUV, algo muito apreciado. O motor elétrico é pouco potente – apenas 45cv -, o que faz com que demore distantes 19 segundos para fazer os 0 aos 100 km/h.
A bateria, com capacidade de 26,8 kWh, oferece uma autonomia de até 220 km, que pode chegar aos 305 km em circuito estritamente urbano.
É capaz de carregar a 7 kW en corrente alternada (20-100% em 4 horas). A carga rápidaem corrente continua de 30 kW (20-80% em 45 minutos) continua a ser uma opção (tem um custo de 600 euros).
Citroen eC3 – a partir de 23.300 euros
A Citroen entrou na guerra dos elétricos mais barato do mercado com o eC3. Conta com um motor elétrico de 113cv alimentado por uma bateria LFP (Fosfato de Ferro-Lítio) de 44 kWh, o que lhe permite anunciar uma autonomia de até 320 quilómetros (ciclo WLTP).
É capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em cerca de 11 segundos e alcançar uma velocidade máxima provisória de 135 km/h.
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Tem uma capacidade de carregamento rápido de 100 kW DC, permitindo recarregar de 20 a 80 por cento da sua capacidade em 26 minutos. O carregamento normal em corrente alternada (AC), de 20% a 80%, demora cerca de 4h10 utilizando uma potência de 7 kW, ou 2h50 se estiverem disponíveis 11 kW.
Citroen eC3 Aircross – a partir de 26.490 euros
É, de forma sucinta, a variante SUV do eC3. Partilha, portanto, todas as características do mais compacto, nomeadamente o motor elétrico de 113cv alimentado por uma bateria de 44 kWh. Contudo, o maior peso e uma pior aerodinâmica “rouba-lhe” 14 km de autonomia, para oferecer 306 km de autonomia (anunciada).
Em 2025 será disponibilizada uma versão equipada com uma bateria de maior capacidade, que aumentará a autonomia para mais de 400 km.
Dongfeng Box Pro – a partir de 26.750 euros
A marca chinesa estreia-se em Portugal com o Box, um compacto elétrico com preços a partir dos 26.750 euros na versão Box Pro. Com 95 cv e uma bateria de 42,3 kWh, este veículo urbano pretende tornar-se uma alternativa a modelos como o Citroen e-C3, Opel Frontera ou BYD Dolphin. A autonomia é de 340 km.
Posteriormente, a gama será reforçada com uma bateria mais compacta, com 31,45 kWh, para oferecer uma autonomia de 270 km, e acima de tudo um preço mais concorrencial.
MG4 – a partir de 27.300 euros
O MG4 é um dos modelos mais vendidos do mercado. Na versão de acesso conta com uma bateria de 51 kWh, o que lhe permite oferecer uma autonomia de 350 quilómetros por menos de 28 mil euros.
A bateria é de 49 kWh e o motor elétrico oferece 170cv, o que permite ao MG 4 acelerar dos 0 aos 100 km/h em 7,7 segundos e alcançar os 160 km/h de velocidade máxima.
Fiat 500e – a partir de 28.137 euros
De toda a lista, é o que oferece maior número de configurações diferentes. Está disponível com três carroçarias, o hatchback, o descapotável e o assimétrico 3+1; e também com duas baterias distintas.
A versão de acesso combina um motor de 95 cv com uma bateria de 23,8 kWh para oferecer uma autonomia de até 190 km, que pode estender-se a 257 km em ciclo urbano.
BYD Dolphin – a partir de 29.990 euros
O mais acessível dos BYD está disponível com uma bateria LFP de 44,9 kWh e na versão de acesso uma potência de 95 cv, anunciando uma autonomia de até 340 km com uma só carga.
Opel Frontera Electric – a partir de 29.990 euros
O SUV compacto, que recupera o nome do modelo comercializado na década de 90, substitui o Crossland (posiciona-se entre o Mokka e o Grandland) e está assente na plataforma Smart Car, a mesma utilizada pelos “irmãos” Citroen C4 Aircross e futuro Fiat Multipla.
Na versão elétrica conta com uma bateria de 44 kWh e 113cv para anunciar uma autonomia de 305 km, podendo o carregamento de 20 a 80% fazer-se em apenas 26 minutos.
Posteriormente, está prevista a introdução de uma versão elétrica com bateria de maior autonomia.