As vendas de carros elétricos estão a abrandar e já está a levar os construtores a reavaliar o programa de desenvolvimento de novos modelos, voltando a olhar atentamente para os modelos com motores de combustão como uma solução a não deixar cair.
É o caso da Mercedes-Benz, que não só desistiu de acabar com o modelo mais acessível, o Classe A, mas também reavaliar o desaparecimento dos modelos de combustão.
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O Classe A deveria desaparecer já, em 2024, mas agora viu o ciclo de produção alargado até 2026, de acordo com a revista Autocar. Em fevereiro, o CEO Ola Kallenius admitiu que a paridade de preços entre carros com motor a combustão e modelos puramente elétricos ainda está “a muitos anos de distância”. O responsável referiu ainda que os clientes podem ver isso na diferença de preço entre um carro com motor de combustão e um elétrico atual.
A nova gama de modelos compactos já está em desenvolvimento. O CLA, CLA Shooting Brake, GLA e o GLB serão substituídos por uma nova plataforma que aceitará motores a gasolina, bem como motorizações totalmente elétricas.
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A quebra de vendas dos elétricos obrigou mesmo a reavaliar os objetivos, com a Mercedes-Benz a acreditar agora que os híbridos plug-in e os elétricos representarão até 50% das vendas até 2030, quando antes contava que fossem apenas de carros elétricos em alguns mercados.
Num documento interno, o fabricante revela que está a “tomar as medidas necessárias para se tornar totalmente elétrica”, mas reconhece que “os clientes e as condições de mercado definirão o ritmo da transformação”. Ou seja, quem pretender comprar um Mercedes a gasolina novo em 2031, haverá modelos para venda.
Fala-se mesmo que a proibição de vendas de carros novos a combustão em 2035 poderá ser adiada, o que poderá levar a que a era dos motores a combustão seja prolongada.