O lendário Lingotto é um dos ícones da Fiat. Esta antiga fábrica italiana, considerada pelos especialistas como um ícone da arquitetura graças, entre outras coisas, à característica pista de testes construída na cobertura, celebra este ano o seu 100º aniversário (a título de curiosidade, na altura da sua inauguração era considerada a maior fábrica de automóveis no mundo).
A Fiat sabe que, apesar de hoje em dia já não produzir carros, o Lingotto continua a fazer parte integrante da história da marca italiana. Por isso, a Fiat presta homenagem nos seus futuros modelos elétricos, com um interior diretamente inspirado na sua pista oval.
Nas imagens, entretanto, divulgadas, pode ver-se que o tablier, a consola central e até o volante vão assumir a forma do Lingotto. Esta configuração dará aos seus futuros elétricos um visual leve e simples, mas futurista e funcional.
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A nova filosofia de desenho não será estreada no 600, que está prestes a ser revelado, mas antes num compacto derivado do Citroën C3, que verá a luz do dia em 2024. Este misterioso compacto deverá assumir-se como o sucessor do Panda, mantendo o mesmo nome.
“Na Fiat, pensamos que Lingotto e a pista são um marco tão importante que merecem tornar-se ‘marcos de design’. As suas características inspiraram os designers da FIAT a traçar as linhas dos futuros modelos FIAT, desde a incrível pista na cobertura até à rampa – uma revolução dos anos 20 – que é como um manifesto da nossa leveza tradicional: menos material e mais espaço, é esta a nossa visão do design de interiores para o futuro”, refere Olivier François, CEO da FIAT e CMO Global da Stellantis.
Inicialmente, o “Panda” elétrico será fabricado em Kragujevac (Sérvia). Terá um estilo tipo crossover, o que lhe permitirá diferenciar-se de rivais como o Renault R5 ou o Volkswagen ID.2.
As baterias com células NCM (níquel, cobalto, manganês) deverá permitir ultrapassar os 400 km de autonomia no ciclo WLTP.