A Lancia quer renascer das cinzas, sair do mercado italiano e voltar a conquistar a Europa. A marca italiana pretende avançar com uma gama linha altamente eletrificada, que distribuirá diretamente através de uma rede de 100 centros localizados nas 60 principais cidades do velho continente.
O primeiro modelo da “nova” Lancia será o Ypsilon, compacto derivado do Opel Corsa e Peugeot 208 previsto para 2024. Ainda que por algum tempo venha a ser disponibilizado com motores térmicos (opção que desaparecerá em 2028, quando a Lancia se tornar zero emissões), também terá uma versão elétrica a partir do lançamento.

Seguir-se-á o Aurelia, um crossover de médio porte que será lançado em 2026. Desenvolvido em paralelo com a segunda geração do DS 7, este será o primeiro modelo projetado do zero como elétrico. Terá por base a plataforma STLA Medium, que se estreia este ano com o Peugeot e-3008, pelo que deverá oferecer uma autonomia de até 700 km.
Leia ainda: 2Win. O filme do duelo entre Lancia e Audi nos ralis
A “cereja em cima do bolo” acontecerá com o renascimento do Delta. O tão esperado compacto, um mito dos anos 80, receberá uma nova geração algures em 2028. Também será elétrico, já que será desenvolvido em conjunto com os próximos DS 4, Opel Astra, Peugeot 308… e provavelmente Alfa Romeu Giulietta. O estilo será inspirado nas linhas do seu ilustre antecessor.

O Delta ficou especialmente conhecido pela sua participação (e conquistas…) nos ralis e pelas versões desportivas, a saga HF (HF Turbo, HF 4WD, HF Integrale, HF Integrale EVO, HF Integrale EVO 2…). As siglas, que significam High Fidelity, sempre identificaram as versões mais desportivas e, aparentemente, vão regressar à Lancia.
Luca Napolitano, CEO da Lancia, confirmou que está a ser considerada as variantes HF dos futuros elétricos da marca italiana. “Não é um anúncio oficial, nada foi decidido, mas gostaríamos de utilizar este recurso para melhorar o DNA da Lancia no aspeto desportivo”.
Leia ainda: É assim o novo logotipo da Lancia
A confirmar-se, os Lancia HF podem vir a partilhar os elementos mecânicos com os Alfa Romeo QV, o Opel GSe e o Peugeot PSE, o que permitiria à Stellantis reduzir os custos de desenvolvimento e rentabilizar o lançamento de veículos deste tipo.